A Colposcopia é um exame no qual examinamos a vulva (a parte externa da vagina), a vagina e o colo uterino. Basicamente é idêntico ao exame ginecológico, no qual utilizamos também um espéculo vaginal (também conhecido como "bico-de-pato") para ver o interior da vagina e o colo uterino. Na colposcopia, ao invés de examinarmos estes órgãos a olho nu, utilizamos um aparelho chamado colposcópio. Ele funciona como um microscópio e não entra em contato ou é colocado dentro da paciente. O médico olha através dele, a cerca de 30 cm da superfície que está sendo examinada. Durante o exame, são pincelados líquidos reagentes, que revelam as alterações destas superfícies. O exame é indolor e leva aproximadamente dez a vinte minutos. Se áreas anormais forem diagnosticadas durante a colposcopia, com freqüência se realiza uma ou múltiplas biópsias para ajudar no diagnóstico. Durante a biópsia se toma um fragmento muito pequeno de tecido desta área anormal. O sangramento causado pela biópsia pode ser controlado facilmente pela cauterização elétrica ou química. As amostras que se obtêm são enviadas ao laboratório e examinadas por um médico patologista.
Durante a gestação, o exame visual através do colposcópio não causa dano algum, e se identificamos alguma anormalidade, pode ser realizada biópsia sem risco ao bem estar materno-fetal. Entretanto, a maioria dos tratamentos em gestantes geralmente são adiados para depois do parto, sendo feito acompanhamento com a citologia e a colposcopia. Com freqüência os exames são repetidos após o parto para determinar se o tratamento ainda é necessário, pois muitas das alterações leves desaparecem.
Para realizar a colposcopia é aconselhável ter disponível uma cópia do último exame citológico (de Papanicolaou ou preventivo).
É também importante, durante os dois dias anteriores ao procedimento:
- Não ter relações sexuais.
- Não introduzir nada na vagina como por exemplo: medicamentos vaginais, cremes e tampões.
- Não fazer uso de duchas vaginais.
- Não estar menstruada.